As retiradas do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS), considerando janeiro a outubro,
apresentaram alta nesse ano. No acumulado do período, ante 2012, o
número de saques cresceu 7,9% (1,9 milhão) e o de recursos
resgatados aumentou 14,9% (R$ 3,6 bilhões). De acordo com a gerente da
Senzala Imóveis, Augusta Coutinho Loch, o fundo tem sido bastante usado
para a compra da casa própria, especialmente com a recente elevação do
teto do imóvel para uso dos recursos. O valor limite de avaliação passou
de R$ 500 mil para R$ 750 mil.
Augusta conta que os recursos do FGTS são usados, em sua maioria, para aumentar o valor de entrada na aquisição do imóvel, especialmente para as habitações que estão na planta. “Isso porque, nesse caso, a construtora ou incorporadora normalmente solicita o pagamento de uma poupança pelo período de construção do empreendimento. Essa poupança corresponde entre 20% e 30% do valor do imóvel, geralmente pago em até 36 meses”, explica.
Outra utilização bastante recorrente é para amortizar, liquidar ou adiantar o pagamento de parte das prestações do financiamento imobiliário. O capital pode ser utilizado a cada três anos para abater as parcelas. “Dependendo do tipo de financiamento, é possível adiantar as parcelas do valor total e continuar com o mesmo número de prestações ou manter o valor da prestação e diminuir a quantidade de parcelas. Nos dos dois casos, com o adiantamento do pagamento, reduzem-se os gastos com juros”, destaca Augusta.
Para o comprador que optou pelo consórcio imobiliário, o FGTS pode ser usado para dar o lance e adiantar a contemplação da carta de crédito. Segundo o diretor da Senzala Corretora de Seguros, André Coutinho, os jovens casais com idade entre 25 e 35 anos são o principal público do consórcio imobiliário na capital paranaense. “Muitos deles já têm um imóvel e optam pela modalidade de crédito para complementar o saldo a pagar na aquisição de um imóvel maior. Entretanto, há uma tendência de crescimento do público single, os solteiros, que buscam o primeiro imóvel”, avalia.
Para usar os recursos do FGTS na compra do imóvel, via empréstimo bancário, é necessário avaliar o valor do bem que será financiado. Além disso, o trabalhador deve contar com no mínimo três anos de trabalho sob o regime do fundo, o imóvel adquirido não pode ter sido objeto de aquisição com o FGTS há menos de três anos e o bem deve estar localizado no município ou região metropolitana onde o comprador mora ou trabalha. Ainda, o comprador não pode ter outro financiamento habitacional em nenhuma região do país, nem ser proprietário de outro imóvel no município ou na região metropolitana em que está adquirindo a habitação.
Fonte: Paranashop