Tiago Nordi Carrielo, CFP, planejador financeiro
certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitora do InfoMoney
Pergunta:
Pretendo me aposentar em
outubro de 2014. Em março completo 50 anos de idade e, em 02/05/2014, 30 anos
de trabalho e contribuição.
Meu salário atual é de R$
6.320,14 e meu saldo de FGTS em 10/01/2014 de R$ 38.170,79 e para
fins rescisórios de R$ 106.630,68. Quanto receberei na saída?
Resposta de Tiago Nordi Carrielo, CFP,
planejador financeiro certificado pelo IBCPF:
Prezada Isabel,
Para respondermos de forma exata sua pergunta seria
importante conhecermos o histórico de operações que você realizou com o FGTS.
Porém, digamos que essa diferença entre o saldo do fundo e o saldo do valor
para fins rescisórios seja referente a uma compra de imóvel, para fins de financiamento. Neste caso, na aposentadoria,
você receberia apenas os R$ 38 mil + aportes mensais do salário atualizados até
a data da sua saída, tendo em vista que você utilizou o benefício na compra do
imóvel. Ainda neste primeiro exemplo, para esclarecer o porquê da informação
dos dois saldos, caso você fosse demitida sem justa causa, a base de cálculo
seria o valor descrito no saldo para fins rescisórios.
Digamos agora, em um segundo exemplo, que a
diferença entre os saldos seja referente a um benefício de investimento em
ações de empresas como a Petrobrás. Seu saldo do FGTS foi subtraído do valor do
investimento nas ações, porém você tem a opção de internalizar o saldo atual do
investimento, de acordo com seu valor atual, para recompor o saldo do FGTS.
Para finalizar, faço abaixo uma simulação aproximada
de quanto você receberia se o seu caso fosse o primeiro exemplo citado acima.
Saldo do FGTS em 10/01/14: R$ 38.170,79
Parcela mensal (8% R$ 6.320,14): R$ 505,61
Taxa juros: 3% a.a.
Data de saída: 10/10/14
Valor final: R$ 43.622,00
Lembrando que não estou considerando o aporte do
13º salário.
Espero ter ajudado!
Tiago Nordi Carrielo é planejador financeiro
pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida
pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e
o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de
qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser
encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br
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Prezado Hildebrand,
Pouco a pouco é possível ver mudanças
significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por
exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de
sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um
movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos,
especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade.
Sua iniciativa é digna de receber elogios e
servir de exemplo a outros tantos...
Como seu planejamento para esse investimento
tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas.
Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações
regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15
anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse
capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2
mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é
como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento.
Com as informações presentes não é possível
identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o
quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos
(para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição
financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos
considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus
investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer
novos produtos para pequenos investimentos.
Sugiro, para você superar a rentabilidade
apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes.
A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e
80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito
privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem
superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis.
Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis.
Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de
suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados,
buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua
disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma
na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são
os fundos de ações.
Os fundos de ações são, para a grande maioria
dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda
variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão
profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido
para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com
comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam
considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira
esses as ações propriamente ditas.
E lembre-se: o resultado do seu sucesso
financeiro também depende de você!
*Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro
certificado pelo IBCPF
Conheça mais sobre a IBCPF, Instituto Brasileiro de
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