Folhainvest O teto maior para o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na compra do imóvel, que passou de R$ 500 mil para R$ 650 mil ou R$ 750 mil, dependendo da região, deve levar a uma redução nas taxas de juros.
Com novo teto do FGTS, cliente deve ficar atento a aumento no valor do imóvel
Por lei, o SFH tem juros limitados a 12% ao ano mais TR (Taxa Referencial) e engloba os financiamentos que usam recursos do fundo e da poupança.
Acima do teto, as taxas são livres, já que as instituições financeiras usam recursos próprios para bancar os financiamentos, mas também estavam abaixo desse patamar (veja quadro abaixo).
Isso quer dizer que os bancos tinham uma "gordura" para manter as taxas praticadas para os imóveis de R$ 500 mil a R$ 750 mil mesmo que agora essas moradias se enquadrem nas regras do SFH.
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Atualmente, a menor taxa do mercado é do banco estatal --7,7% ao ano mais TR, mas ela não está disponível para moradias nesse intervalo de preço.
RENDA MENSAL
"Não acreditamos em um superaquecimento do crédito imobiliário para essa faixa até porque, para financiar, é preciso ter uma renda mensal [familiar] em torno de R$ 20 mil", afirma Teotônio Rezende, diretor da Caixa.
O parecer técnico usado nas discussões da equipe econômica do governo mostra que só 0,3% dos cotistas do fundo se enquadram na faixa de renda compatível com os novos tetos e, para que os saques adicionais se aproximem de R$ 1 bilhão ao longo de um ano, todos teriam que fazer uso dos recursos.
"Mas não acredito nisso porque os preços já estão elevados e há um estoque grande nas construtoras", ressalta o especialista.