quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Trabalhadores desistem de ações da Petrobras compradas com o FGTS

Mais da metade dos trabalhadores que aplicaram seus saldos do Fundo de Garantia do Tempos de Serviço (FGTS) diretamente em ações da Petrobras ao longo dos últimos 10 anos desistiram do investimento e venderam as cotas. Segundo levantamento da consultoria Economática, em janeiro de 2005, eram 142,5 mil cotistas, com patrimônio de R$ 3,46 bilhões. Hoje, esse público reduziu a 65,5 mil, com um valor aplicado de R$ 1,17 bilhão. O levantamento mostrou que o maior montante alcançado no período estudado foi atingido em maio de 2008, com R$ 11,4 bilhões, divido em 104,5 mil titulares.

Apenas no ano passado, 3.802 cotistas resgataram os seus recursos dos fundos FGTS Petrobras. Em dezembro de 2013, eram 69.360, contra 65.556 no último dia do ano passado. No chamado FGTS Petro, a média de patrimônio por investidor em maio de 2008 era de R$ 109,1 mil, despencando para R$ 17,9 mil neste mês. Segundo a Economática, os saques ocorreram devido à acentuada queda dos papeis da estatal e ao desejo de muitos em usar as aplicações na compra de imóveis, sobretudo em 2008, quando as ações ainda estavam valorizadas.

A análise da consultoria é baseada em dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Os chamados Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) foram lançados no começo dos anos 2000. Trabalhadores que tinham recursos no FGTS poderiam destinar até metade do saldo aos FMPs, que podem ser baseados em ações da Petrobras ou da Vale.

Fonte: Diário de Pernambuco 


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