segunda-feira, 8 de julho de 2013

Trabalhadores do Porto de Maceió protestam contra falta de pagamento

Segundo o grupo, Fundo Social e FGTS não estão sendo pagos.
Eles bloquearam a entrada do porto e atearam fogo a pneus.


Protesto no Porto de Maceió. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Manifestantes atearam fogo à entrada do Porto de
Maceió. (Foto: Carolina Sanches/ G1)
Cerca de 50 trabalhadores do Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá, atearam fogo a pneus e bloquearam o acesso de veículos ao local na manhã desta segunda-feira (8). Eles cobram o pagamento de garantias trabalhistas, que segundo eles, não vêm sendo pagas pela administração do local. A manifestação já provocou uma fila de caminhões que esperam para fazer descargas na entrada do porto.

De acordo com um dos manifestantes, Marcos André dos Santos, os trabalhadores estão há dois anos e seis meses sem receber o fundo social . “O fundo é um acréscimo de 10% na produção. O pagamento já foi determinado pelo Ministério do Trabalho, mas a administração do porto não cumpriu até agora”, explica Santos.
Ele ainda explica que os trabalhadores também reclamam que não estão recebendo o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “O valor era pago de seis em seis meses. Esse valor nos ajudava a sustentar nossas famílias durante o período de entressafra, quando a produção aqui diminuía”.
Protesto no porto. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Caminhões esperam para descarregar carga.
(Foto: Carolina Sanches/ G1)
Segundo os manifestantes, cerca de dois mil funcionários, entre arrumadores, estivadores, vigias, guindasteiros e conferentes, trabalham no local, por prestação de serviços, contratados pela empresa Ogmo Alagoas. Essa empresa recebe o dinheiro de duas agências, Agembras e Irmãos Brito, e então repassa para a administração do porto.
A administração do porto chamou uma comissão de trabalhadores para uma reunião, onde o assunto será debatido. Os manifestantes garantem que só saem dali com um acordo firmado. A Polícia Militar (PM) também está no local, negociando a liberação da via.
De acordo com o presidente do sindicato patronal, André Macena, o Fundo Social foi incorporado no salário dos funcionários e em relação ao repasse do FGTS não há problema idenfiticado pela administração do porto.
Segundo o administrador substituto do porto, Roberto Leoni, o problema dos trabalhadores é com a empresa que os emprega, e não com o porto, que só cede o local para que suas atividades sejam realizadas. "Nós não temos ingerência sobre o pagamento ou não desses benefícios. Os manifestantes estão aumentando a dimensão do protesto, e causando prejuízos, pois dois navios não poderão operar aqui hoje".
Fonte: G1 Alagoas
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