segunda-feira, 12 de maio de 2014

Portabilidade trava por causa da falta de prazo para análise

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
Segundo o gerente regional de construção civil da Caixa Econômica Federal, Rafael Arcanjo, a primeira semana de portabilidade de crédito imobiliário com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) foi praticamente parada.
Isso ocorreu, principalmente, por causa de abertura que a medida, que entrou em vigor na segunda-feira, deixou às instituições financeiras. Os bancos não têm um prazo previsto para analisar e aprovar a portabilidade, para daí receber o financiamento de outra instituição. “Atualmente, na Caixa, esse período leva, em média, 15 dias. Mas cada banco tem o seu tempo”, diz Arcanjo.

Desde segunda-feira, os mutuários de operações com recursos do FGTS têm a possibilidade debuscar melhores taxas de juros em outros bancos pedindo transferência de seus financiamentos. Se enquadram nessa regra os imóveis com valores de até R$ 750 mil.
A medida prevê que os bancos devem responder em até cinco dias sobre a portabilidade. Mas esse período ocorre após a análise de crédito, que não há limite de prazo. “Por isso, imagine se um cliente buscou outro banco, pediu uma análise, ela ainda não está pronta. Já era esperado que a portabilidade ficaria um pouco parada em maio. Mas acredito que em junho as operações começarão a aparecer”, opina Arcanjo. Segundo ele já havia informado ao Diário, a estratégia da Caixa é de retenção de clientes, e não de prospecção. Para a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a portabilidade pode gerar até 1 ponto percentual de desconto em taxas anuais dos financiamentos transferidos. 
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