sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vinte mil pessoas procuram imóveis em Volta Redonda e Barra Mansa

BARRA MANSA/VOLTA REDONDA Recém casados, Júlia Maria e Carlos Augusto Mello, ambos de 29 anos, querem agora realizar outro sonho: o da casa própria. Porém, os dois se assustaram ao começar a procurar um imóvel para comprar. “Começamos por Volta Redonda e nos assustamos. Havia poucos e muito caros”, disse Júlia Maria. O marido, que é metalúrgico, continuou: “Depois, optamos em procurar em Barra Mansa, mas os preços também estão estratosféricos. Está complicado para um assalariado comprar um imóvel na região”. O casal faz parte dos dados do Sindicato dos Corretores do Sul Fluminense (Sindimoveis). Há mais de 20 mil pessoas procurando imóveis nas duas maiores cidades de região. Isso corresponde a 5% da população total de Volta Redonda e Barra Mansa. Em contraponto, no último Feirão da Casa Própria, da Caixa Econômica Federal, foram disponibilizados mais de mil imóveis para a venda. Porém, o banco federal atende as classe C e D, com o financiamento. O feirão, que aconteceu no mês passado, a volume de negócios gerados e encaminhados no Feirão de Imóveis superou a expectativa chegando a mais de R$ 62 milhões relativos ao atendimento a famílias decididas a adquirir seu apartamento ou casa própria. “A procura está bem maior do que a oferta”, disse o delegado do Sindimoveis, Walmir Vitor, negando que os preços estão subindo nos dois municípios. “É fácil encontrar um apartamento de R$ 250 mil, são em bairros afastados do centro”, disse ele, contando que existem mais de 400 corretores atuando nas duas cidades. O casal, por exemplo, visitou um apartamento de apenas 50 metros quadrados no Centro de Barra Mansa que está sendo vendido por R$ 220 mil. O metro quadrado do apartamento, neste caso, é de R$ 4.230,76. “Não dá para pagar esse valor num imóvel tão pequeno”, disse Carlos Augusto Melo. “Os proprietários que colocarem os valores muito acima da realidade vão deixar os imóveis encalhados”, disse o delegado do Sindimoveis. Imobiliária lança 15 empreendimentos em um ano Uma imobiliária de Volta Redonda lançou, em 12 meses, 15 empreendimentos, totalizando em torno de 300 apartamentos voltados para a classe média e alta. Os dados de vendas surpreendem: 80% dos imóveis foram vendidos em menos de 30 dias. “A demanda reprimida de muitos anos e a facilidade de crédito disponibilizada pelos bancos, junto aos juros baixos têm promovido, em todo o país, uma corrida pela compra de imóveis. Na Região Sul Fluminense, esta realidade é diferente: está um pouco melhor em comparação ao país. Prova é que novos empreendimentos são lançados e em poucos dias os imóveis são vendido”, explicou o diretor da imobiliária, José Francisco Medeiros, que tem sede em Volta Redonda e Barra Mansa. “O mercado está bastante positivo para as construtoras e nós que trabalhamos com vendas temos o projeto de lançar projetos a cada 20 dias. Projetos variados que atendam a também variada demanda de preços”, disse o diretor. Neste mês, por exemplo, a imobiliária lançou um empreendimento no bairro Bela Vista, em Volta Redonda, com apartamentos de 72 metros quadrados num valor de R$ 400 mil – R$ 5,5 mil cada metro quadrado. “Vendemos 24 apartamentos em cinco dias. Foi um sucesso”, orgulhou-se o diretor da imobiliária.

FGTS liberado para comprar terreno e construir casa própria

O sonho da casa própria vai ficar mais fácil de ser realizado para quem quer comprar um terreno e construir a própria moradia. Uma nova linha da Caixa Econômica Federal libera os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para aquisição de terreno e compra de material para construir o imóvel. Para isso, o trabalhador precisa ter conta no FGTS há, pelo menos três anos, consecutivos ou não, além de estar trabalhando com carteira assinada.
É possível conseguir, através da linha Pró-Cotista, financiamento com juros a partir de 7,58% ao ano mais Taxa Referencial (TR) e usar parte do saldo do fundo para abater a dívida. O prazo é de te 30 anos para pagar. Além de comprar terreno e construir, com a linha de financiamento é possível também adquirir imóvel novo ou usado. O imóvel ou terreno tem de estar limitado ao valor de avaliação de R$ 150 mil a R$ 650 mil pela Caixa e tem de ser usado para moradia do trabalhador.
Um trabalhador que comprar um terreno avaliado em R$ 150 mil e gastar com material R$ 100 mil para construir a casa própria, vai precisar de R$ 250 mil. Se ele tiver um saldo de FGTS de R$ 170 mil, o montante será abatido e o restante (R$ 80 mil) será financiado com taxa diferenciada pelo sistema Pró-Cotista.

Uso do FGTS para reformar imóvel
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também pode ser usado para reformar ou ampliar a casa própria. É possível reformar a casa usando os recursos do FGTS. Mas, primeiro é preciso pedir um financiamento e começar a pagar. Depois, o cliente deve dar entrada no pedido junto ao banco para usar o FGTS e quitar esse financiamento. Ou seja, a regra é: financia, contrata e depois dá entrada para pegar o saldo do Fundo e liquidar o débito. As regras para o uso do Fundo para reformar ou ampliar a casa própria são as mesmas aplicadas em outros financiamentos.
Para mais informações, simulação e documentação necessária acesse:www.caixa.gov.br ou procure uma das agências da Caixa em seu município.

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